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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Movimente-se


O corpo, o mundo e a dança

Para o filósofo e poeta Paul Valéry, a dança está para o andar assim como a poesia está para a prosa: andar e prosa visam um caminho e um destino; poesia e dança têm em si mesmo a sua máxima finalidade. Mas o que motiva o homem a mover-se subjetivamente? Mais que oferecer resposta pronta à questão, o bailarino Rui Moreira se debruça sobre o assunto com quem faz um convite à dança.

História: “O homem já se comunica pela expressão corporal antes mesmo de falar. A dança pode ter urgido com o instinto de contemplar o belo e de celebrar as relações com a natureza e os demais seres vivos. Já a dança em conjunto parece ser historicamente um elemento facilitador da convivência e da aceitação das diferenças. E, hoje, temos os bailes, que proporcionam momentos de interação tanto energéticos quanto emocionais, e que elevam a alma: um encontro onde a beleza e a harmonia se instauram.”

Função: “É preciso entender a relação que cada ser quer estabelecer com a dança. Ela é uma manifestação da alma, e é para todos, sem exceção. O ser humano traz consigo um ‘estado de dança’ que se manifesta desde muito cedo, na infância, e que não tem uma função específica, mas provoca certa liberdade emocional e psíquica. Deixar-se embalar pela música enfatiza a sensação de estar vivo.”

A dois: “Práticas lúdicas coletivas promovem interesses e afetos. O toque, a atenção provocada pela dança a dois significa, muitas vezes, uma transcendência de realidades. Na dança o ser humano expressa seus valores essenciais. O casal faz acordos lúdicos por meio da escuta da música e da observação do outro, acordos que despertam nossa capacidade de nos relacionar, que ameniza sentimentos de solidão e que ressaltam as delícias do encontro. Isso é a dança.”

Fonte: Informativo Mercantil do Brasil

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