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sexta-feira, 22 de março de 2013

Saúde




Brincar na infância traz saúde na terceira idade


De acordo com a médica Sonia Setzer, brincar na idade infantil prepara o organismo para atividades a serem desenvolvidas futuramente

"É preciso respeitar também os interesses variados e múltiplos da criança, sua curiosidade em descobrir o mundo", disse a médica

Sabe-se que, ao nascer, a criança ainda não está totalmente desenvolvida. Embora já tenha certa autonomia, seus órgãos ainda são bastante imaturos e o amadurecimento dos mesmos ainda vai levar muitos anos. No processo educativo deve-se respeitar as fases de amadurecimento, tentando não sobrecarregar a criança com coisas que ela ainda não tem maturidade para realizar.

Assim, por exemplo, para poder aprender a ler e escrever, por volta dos sete anos de idade, ela precisa adquirir um perfeito domínio do espaço tridimensional. É nessa época que se estabelece a dominância de um dos hemisférios cerebrais, evidenciando a maturação do sistema nervoso central. Esta é adquirida principalmente por meio da motricidade. Isso significa que a criança deve ter as vivências do que é em cima e embaixo, frente e trás, direita e esquerda.

Mas, como se obtém isso? "Pelas próprias brincadeiras infantis, que são praticamente as mesmas em todas as regiões da Terra, onde ainda se permite que crianças brinquem. Quando elas correm, saltam, pulam altura ou distância, praticam as brincadeiras com bola e corda, ou treinam habilidades como pular num só pé e subir em árvores estão desenvolvendo a motricidade grossa. Quando desenham, recortam, colam, fazem pequenos trabalhos manuais, exercitam-se soltando pião, empinando pipas etc., desenvolvem a motricidade fina", afirma Sonia Setzer, médica escolar com formação em Medicina Antroposófica.

De acordo com a médica, o ‘brincar' na idade infantil é coisa séria, pois prepara o organismo para atividades a serem desenvolvidas futuramente. Se, ao contrário, a criança é estimulada precocemente a executar atividades físicas competitivas, que exijam muito treino, nota-se que o organismo se desenvolve de forma unilateral, endurecendo numa especialização, como por exemplo, numa determinada prática esportiva.

"É preciso respeitar também os interesses variados e múltiplos da criança, sua curiosidade em descobrir o mundo, inventar novas brincadeiras, permitindo assim que ela desenvolva sua fantasia criadora. Ora, o que significaria, por exemplo, alfabetizar ou ‘ensinar' aritmética ou outra coisa intelectual qualquer a uma criança antes dos sete anos? Ela certamente apresentaria resultados satisfatórios para o momento, mas em realidade não se pode falar em aprendizado, mas em adestramento, assim como se faz com animais", explica Setzer.

Para ela, "o que não se nota é que esse aprendizado se faz às custas das forças vitais que deveriam estar atuando no amadurecimento dos órgãos e acabam sendo desviadas para exercer outra função, antes do tempo adequado. A deficiência dessas forças, ou o amadurecimento insuficiente dos órgãos em questão, vai se apresentar como dificuldades de aprendizagem, tão comuns hoje, ou apenas muitas décadas depois, quando o organismo numa fase de menor vitalidade, for decair com mais rapidez", comenta a médica.

Pode-se notar já nos dias atuais como doenças que antigamente atingiam somente pessoas idosas, fazem-se presentes em pessoas na faixa dos 30, 40, 50 anos de idade.

"O que não se investiga é a relação com uma intelectualização precoce que subtrai essas forças valiosas e importantes dos órgãos em sua fase de amadurecimento. Com estes poucos exemplos, é de se desejar que as crianças em seus primeiros sete anos de vida realmente possam usufruir de uma infância sadia, desenvolvendo ao máximo suas habilidades motoras (grossas e finas), pois isso é um investimento de saúde corpórea para a velhice. Já uma rica fantasia na infância permite ao idoso ter uma atividade mental mais colorida e viva", complementa Dra. Setzer.

Fonte: revista Exame

Nutrição




Só deve usar adoçante quem realmente precisa, defendem especialistas

Rosana Faria de Freitas
Do UOL, em São Paulo

Todo edulcorante artificial, se consumido em excesso e em longo prazo, pode propiciar algum dano para a saúde, principalmente quando relacionado com o uso abusivo de alimentos industrializados 

Desde que os adoçantes foram criados, na década de 1960, várias dúvidas e polêmicas surgiram no rastro do produto colocando em dúvida não só sua eficácia, mas, principalmente, seus efeitos sobre a saúde. Embora vários estudos ainda não sejam conclusivos, convém saber mais sobre o assunto e sempre ouvir a opinião de especialistas.

A nutricionista Luciana Harfenist, membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional, salienta que há restrições e contraindicações ao emprego do item. "Quem tem pressão alta ou insuficiência renal, por exemplo, precisa verificar as taxas de sódio de cada marca antes de consumir." E tem mais: vários profissionais defendem que indivíduos saudáveis, que não apresentam nenhuma doença que obrigue restringir o açúcar, não deveriam inserir o adoçante na alimentação. 

"Muito melhor seria adotarem uma dieta equilibrada, em quantidades adequadas para suas necessidades nutricionais", sustenta a nutricionista Ariane Machado Pereira, pós-graduada pelo Imen (Instituto de Metabolismo e Nutrição). 

Para melhorar a imagem desses produtos, a Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) lançou uma cartilha, com informações aos consumidores, que recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O material garante que o adoçante não é prejudicial à saúde, e que "a segurança dos aditivos alimentares é feita através de inúmeros estudos científicos para comprovação da inexistência de efeitos adversos decorrentes do seu consumo".

Proibidos e liberados

Porém, nos Estados Unidos, por exemplo, o ciclamato de sódio foi relacionado ao câncer e, por isso, seu uso foi proibido. "Existem estudos que fazem um paralelo entre o câncer na bexiga e a sacarina e o ciclamato", diz Harfenist.

Pereira, no entanto, cita o Informe Técnico nº 40, de 2 de junho de 2009, disponível na página da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que diz que a decisão tomada pelo FDA, regulador de remédios e alimentos norte-americano, foi baseada em um estudo feito em ratos. A entidade já recebeu uma petição para revisar a proibição, que ainda está em análise. 

A Anvisa diz que, desde então, foram conduzidos muitos estudos sobre carcinogênese envolvendo ciclamato, sozinho ou em misturas com sacarina, não tendo sido demonstrada incidência estatisticamente significativa de tumores na bexiga dos animais testados. 

"Acredito que todo edulcorante artificial, se consumido em excesso e em longo prazo, pode propiciar algum dano para a saúde, principalmente quando relacionado com o uso abusivo de alimentos industrializados, ricos em conservantes e aromatizantes e que, muitas vezes, já apresentam em sua composição algum edulcorante artificial", diz Pereira. 

"Indivíduos saudáveis, sem necessidade de dietas especiais, não precisam aderir aos adoçantes artificiais. Basta mudar os hábitos alimentares, saborear itens in natura, como sucos de frutas, por exemplo, ou mesmo o café puro. Talvez isso demande tempo e persistência para que o organismo possa se adaptar ao sabor, mas compensará", conclui a nutricionista. 

De qualquer forma, é bom ir com calma antes de começar a pingar gotinhas do dito-cujo em tudo que ingerir.

Bem Vindo Pedro!





Este é o Pedro, filho da Michelle, que trabalha no setor de cadastro da FUNDAFFEMG.