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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Saúde





Diabetes: doença silenciosa que faz uma vítima a cada 10 segundos

O Dia Mundial do Diabetes, celebrado no dia 14 de novembro, foi criado para mostrar ao mundo os dados alarmantes da doença e alertar para a necessidade de educação e prevenção. De acordo com dados da IDF (Federação Internacional do Diabetes), 366 milhões da população adulta mundial vive com a doença e esse número deve aumentar para 552 milhões de pessoas até 2030.

Só no Brasil, segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), há 12 milhões de portadores de diabetes, o que representa quase 10% da população. Assim como no mundo, a tendência é que esse número cresça desenfreadamente se nada for feito.

Um levantamento do Ministério da Saúde publicado nesta última terça-feira (13) mostrou que a diabetes mata quatro vezes mais pessoas do que a Aids e supera também o número de mortos em acidentes de trânsito.

Os dados divulgados se baseiam em números de 2010, quando cerca 54 mil morreram por consequência direta da diabetes. Outros 68,5 mil, aproximadamente morreram de outras doenças, como câncer e problemas cardíacos, mas tinham a diabetes como um fator associado, que agrava o quadro dessas enfermidades. No total, quase 123 mil diabéticos faleceram.

Como comparação, no mesmo ano o HIV provocou a morte de em torno de 12 mil pessoas, enquanto os acidentes automobilísticos causaram cerca de 42 mil óbitos. Entre 2000 e 2010, mais de 470 mil pessoas morreram em todo o Brasil em decorrência da diabetes. A taxa de mortalidade saltou de 20,8 por 100 mil habitantes, em 2000, para 28,7 por 100 mil habitantes, em 2010.

O Ministério da Saúde divulgou ainda que, nos primeiros semestres de 2010 a 2012, foram registradas, em média, 72 mil hospitalizações decorrentes da doença. Os dados foram publicados na véspera do Dia Mundial do Diabetes, celebrado nesta quarta.

Segundo dados da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), apresentada em maio pelo Ministério da Saúde e baseada em entrevistas telefônicas feitas em todas as capitais, 5,6% dos adultos brasileiros – o que corresponde a aproximadamente 7,5 milhões de pessoas – têm a doença.



A doença


A diabetes se caracteriza pelo acúmulo de açúcar no sangue. A doença aumenta o risco de doenças do coração e do rim e pode levar à cegueira, entre outras complicações. A variação mais comum é a chamada diabetes tipo 2, que aparece em cerca de 90% dos diabéticos. Nela, o pâncreas, responsável por produzir a insulina, hormônio que leva o açúcar para dentro das células, começa a falhar aos poucos.

A doença tem carga genética, mas geralmente está ligada à obesidade e ao sedentarismo, e aparece na fase adulta. É o tipo que mais cresce, ligado ao avanço da obesidade – segundo a pesquisa Vigitel, quase metade da população está acima do peso. Pode ser controlada com remédios e dieta, e injeções de insulina são usadas apenas em alguns casos.

O tipo 1 costuma surgir na infância ou na adolescência. Uma falha no sistema de defesa do corpo leva à destruição das células que produzem a insulina no pâncreas. Esses pacientes dependem da injeção de insulina pelo resto da vida.

Veja as diferenças entre os tipos da doença:



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