Compressa quente ou fria: em que
situação usar cada uma?
Assim
que o corpo sofre um trauma, como uma batida ou uma lesão, não demora muito
para a dor, a vermelhidão e o inchaço aparecerem. Em casos corriqueiros como
esses, a ajuda de um especialista é frequentemente substituída pela velha
receita caseira: compressa de água quente ou fria. O problema é que nem sempre
sabemos qual das duas é a ideal para o problema em questão. Embora ambas sejam
excelentes analgésicos locais, fazer a escolha certa aumenta a eficácia do
tratamento.
Segundo
o Dr. Francisco Collet, médico assistente da Divisão de Emergência Cirúrgica
Geral e do Trauma do Hospital das Clínicas de São Paulo , a compressa fria é
ideal após quedas, pancadas ou lesões nas articulações, sendo recomendada nas
primeiras 48 horas após o ocorrido. “Geralmente tais traumas podem romper
alguns vasos, deixando vazar sangue (formando hematomas que causam vermelhidão)
ou linfa (formando edemas que causam inchaço). Quando esses vasos se deparam
com a temperatura fria da compressa, sofrem espasmos, contraem e diminuem o
fluxo dos respectivos fluidos. Com isso, o local lesionado não sofrerá acúmulo de
líquido”.
Já
a compressa quente é ideal para situações infecciosas, como aquelas em que há
formação de pus (furúnculo, terçol etc.), e para amenizar edemas e hematomas
que se formaram após um trauma não tratado em 48 horas. De acordo com a
fisioterapeuta Vivian Modolo, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo ), a água quente tem
função contrária à da fria. Ao invés de contrair os vasos, ela dilata,
aumentando o fluxo sanguíneo. “Esse efeito acaba contendo o processo
inflamatório, pois a grande quantidade de sangue correndo nos vasos acaba
recolhendo e purificando os líquidos que vazaram e se acumularam em torno da
região afetada após o trauma”. A compressa quente também proporciona
relaxamento muscular, o que a torna ideal para tratar dores como torcicolos, e
pode ser usada ainda para aliviar desconfortos comuns como dor de dente e
cólicas abdominais provocadas pela TPM.
Embora
ambas proporcionem alívio, é preciso ficar atento ao seu uso. Tanto compressas
quentes como frias podem ferir peles sensíveis e, dependendo da temperatura e
do tempo de aplicação, podem até mesmo provocar queimaduras. “O ideal é deixar
a compressa sobre a região por no máximo 15 minutos enrolada em um pano para
amenizar a temperatura, seja quente ou fria”, recomenda Collet.
Fonte:
http://drauziovarella.com.br
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