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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Saúde




SAÚDE 



Pesquisa mostra que o que faz criança feliz não é o brinquedo

Carolina Lenoir - Estado de Minas

Publicação: 10/10/2012 


A partir dos 5 anos ocorre a formação da personalidade da criança. Por essa razão, especialistas sugerem estímulos artísticos, alimentação adequada e atenção à saúde

Depois de todos os cuidados com os primeiros anos de vida da criança, em que ela depende exclusivamente da atenção e dos estímulos dos pais e responsáveis, a fase da pré-escola, a partir dos 5 anos, é especialmente interessante. É quando ela já se comunica bem e começa a ter autonomia com questões do dia a dia, como hábitos de higiene e escolha de alimentos. Na escola, tem a oportunidade de desenvolver atividades artísticas, inclusive o contato com cantigas, histórias, jogos e brincadeiras. Mais independente e exploradora, a criança mostra interesse por descobertas sobre o ambiente ao seu redor.

Conforme o Estado de Minas vem mostrando uma série especial na semana do Dia da Criança sobre os desafios do desenvolvimento infantil –, monitorar o crescimento dos pequenos é fundamental para que ele seja um adulto saudável. Para Dioclésio Campos Júnior, professor de pediatria da Universidade de Brasília (UnB) e chefe do Centro de Clínicas Pediátricas do Hospital Universitário da instituição, essa é a fase da criação e da inovação. “É o período em que se dá a estruturação e diferenciação do cérebro, a formação da personalidade e o mais alto índice dos avanços cognitivos, envolvendo originalidades e inovações potenciais que a criança traz consigo. Para desenvolvê-las, é preciso cuidar, de forma qualificada, do ser humano na fase decisiva da sua existência.”

Isso inclui possibilitar uma alimentação saudável e adequada, proteger contra doenças imunológicas por meio da vacinação completa, oferecer brinquedos e brincadeiras que se encaixem à idade e identificar fatores de risco e vulnerabilidades para um trabalho preventivo. Sem esquecer que a dimensão afetiva, a presença e a participação familiar são fundamentais, tanto quanto os cuidados médicos e nutricionais, no crescimento e desenvolvimento das crianças.

Na fase pré-escolar, elas podem ser estimuladas a atividades físicas, mas a pediatra Mariana Vasconcelos Barros Poggiali, da diretoria social da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), alerta para alguns cuidados. “Tudo deve ser encarado como diversão, não como esporte no sentido competitivo.” Entre os 4 e os 7 anos, são boas opções caminhar, nadar, andar de bicicleta, passear com o cachorro, jogar bola, pular corda, brincar de esconde-esconde e pega-pega. Nessa fase, direcionar para um esporte pode privar o desenvolvimento de certos grupos musculares. Dos 8 aos 11 anos, já se pode indicar um esporte favorito sem dar ênfase no aspecto competitivo e, a partir dos 12, é possível iniciar um treinamento que vise resultados.

As atividades físicas ajudam a evitar que a criança passe mais que duas horas por dia assistindo a TV, jogando videogame ou brincando no computador. Os resultados de uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), com 1.525 crianças entre 4 e 10 anos de 131 municípios brasileiros, mostram que o que faz uma criança feliz não é o brinquedo em si, mas o brincar e estar com a família e os amigos.

Isso contribui para que ela se torne mais ativa, mas é preciso garantir a sua segurança. Mesmo que demostre ter mais autonomia, a criança pré-escolar ainda não pode ficar sem supervisão na hora de brincar. Entre os cuidados necessários, Mariana destaca a proteção de escadas com portões e das janelas com grades ou telas. “Se tiver piscina, que tenha acesso restrito, com portão trancado a chave. Também deve ser evitado o acesso de crianças a certas dependências, como a cozinha e depósito de produtos de limpeza”, explica a pediatra.




FIQUE DE OLHO - COMPORTAMENTOS COMUNS NA INFÂNCIA


  • O comportamento da criança deve ser acompanhado de perto pelos pais. Cada uma das fases do desenvolvimento tem suas características e necessidades próprias e é importante que os pais as conheçam, para que saibam que muitos comportamentos são esperados em determinadas etapas da vida e que vão durar apenas por um certo período de tempo:



  • A criança em idade pré-escolar já observa e absorve o que vê. Ela percebe e participa pelos exemplos e respostas aos seus questionamentos e começa a manifestar suas vontades de forma mais clara, demonstrando curiosidade excessiva. Por isso, requer explicações para os limites, é teimosa e necessita gastar energia.



  • O escolar adquire toda a base de valores morais e éticos que levará para o resto de sua vida e, principalmente, desenvolve a noção do que representa para os seus pais, para si mesmo e para o meio em que vive.


  • Ele está na fase de fazer bagunça, testar seus limites com desobediência, começar a se relacionar na sociedade e a comparar e questionar as regras de sua família, observando e imitando seus pais.

  •   O pré-adolescente se prepara para passar por muitas mudanças rápidas, em que vai haver a necessidade de revisar e questionar os valores aprendidos, de acordo com o que foi assimilado daqueles que serviram como modelo ou espelho.

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